sexta-feira, 27 de setembro de 2019

Professores no fio da navalha


Nós, os professores e professoras, vivemos sempre no “fio-da-navalha”. Digo isso porque, dependendo do nosso comportamento “mais aberto ou mais fechado com os estudantes”, podemos correr sérios riscos que só nos damos conta, quando avaliamos o que pode acontecer como resultado deste simples ato de proximidade. Vejamos o seguinte quadro hipotético: se um estudante ou uma estudante que você só conhece dos corredores da universidade que trabalha pedir carona, você se prontifica a ajudar? Eu, particularmente, tenho o hábito de sempre “dar carona” aos estudantes. E o faço porque, quando estudante, sempre tive professores e professoras que fizeram o mesmo comigo. Claro, depois que me conheciam há algum tempo. Neste caso hipotético que falei, há um risco que nem calculamos na hora do pedido. Este aluno ou aluna que você deu a carona, no trajeto, resolve aplicar um golpe em você e começa a gritar, pede para parar o carro e sai correndo a te acusar de algum tipo de assédio? Já imaginou, leitor e leitora como este professor ou professora estará completamente “queimado”? Dificilmente, conseguirá provar que não fez nada. Será condenado pelos colegas, pelos demais estudantes e por toda a sociedade. Avaliei que, certamente, preciso pesar mais este hábito de “dar carona”, pois, não só na universidade, mas, na sociedade, somos escravos da boa-fé das pessoas. E pessoas de boa-fé são cada vez mais raras no mundo.

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