quarta-feira, 11 de dezembro de 2019

A uberização das relações


Para Zygmunt Buaman, no livro A Modernidade Líquida, vivemos a época da leveza, da fluidez, da liquidez. Antes dele, Andy Warhol já propagava que cada obra, cada artista, teria apenas 15 minutos de fama. Os dois falavam da mesma coisa. E, tenho a impressão que a filosofia deles se aplica, cada vez mais, às relações. Se, por um lado, há a “uberização do trabalho”, por outro existe a “uberização das relações”. Trocamos o amar pelo ficar. Preferimos deixar a lutar. Uberizamos o amor e a dor. Como são faces da mesma moeda: cada um dos dois sentimentos serve apenas como troco. Ou moeda de troca neste truculento processo de banalização. Amor e dor. Dor e amor. Basta você entrar em um aplicativo que vos terá: uma e outro. Ou os dois. Líquida modernidade!

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