Enquanto o jogo que
decidia, em um jogo, quem poderia usar o título de “melhor time do mundo”
rolava, entre Flamengo, do Brasil, e Liverpool, da Inglaterra, eu viajava,
estava dentro de um ônibus e, confesso, nem me interessei muito em acompanhar.
Primeiro, porque não sou torcedor do Flamengo. Segundo, porque considero todos
esses títulos de “melhor do mundo” decididos em apenas uma partida injustos. São
estratégias comerciais de vendas dos produtos “times”, marcas. O futebol, nos
moldes atuais, transformou-se em mero negócio. Como tudo na vida que se decide
em “uma tacada”, o futebol resiste e mantém o seu lado humano. Por um desses
aplicativos de mensagens, meu filho me perguntou: e, aí, pai, o que o senhor
está achando? E eu: achando de quê, meu filho. “Do jogo, pai”, responde ele. E
complementa: Flamengo x Liverpool. Disse que não estava vendo e me surpreendi
quando ele, um anti-flamenguista da gema disse: ”sério mesmo, o Flamengo merece
ganhar. Jogou muita bola”. Pensei, mas, não falei, pois tratava de atualizar
meus blogs e minha bateria estava acabando: ”foi dominado pelo River Plate e
ganhou a Libertadores sem merecer. Vai perder o mundial”. “Firmino”, escreveu
ele. O futebol, ainda que seja um produto, prega peças. O Flamengo foi campeão
da Libertadores sem merecer nem ter chegado à final: nos dois jogos contra o
Emelec, do Equador, só avançou porque os árbitros foram de uma sem-vergonhice
sem limites. Jogou mal contra o Internacional, mas, seguiu (ele sempre cresce
quando chega desse jeito: na marra). E foi incontestavelmente superior contra o
Grêmio, como o foi no Campeonato Brasileiro, cujo título fora conquistado
merecidamente. Aí, jogadores e torcedores, bem como o treinador, Jorge Jesus,
que é a arrogância em forma de pessoa, deixaram a humildade de lado. Aliás,
Rafinha, um ser execrável, arrogante sempre, falava em humildade o tempo todo
durante as duas disputas. Bruno Henrique sim, fora honesto na arrogância: “estamos
em outro patamar.” Senhor Bruno Henrique, em se tratando de relação entre seres
humanos, por mais que estejamos tecnicamente, em dado momento, superiores aos
outros, jamais devemos humilhar ou se nos apresentar arrogantes. A natureza, ou
a força divina, como queiram chamar, dá o troco. E o resultado do jogo contra o
Liverpool é só mais uma destas lições que passam na nossa frente todos os dias
e não sabemos entender: na vida, ninguém é melhor que o outro, por mais
superiores que sejamos tecnicamente. A humildade é a mãe de todas as vitórias.
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