A questão da criatividade e o método, abordada ontem neste espaço, mantém relação com o texto científico. Classicamente, exige-se dos cientistas textos herméticos, com linguagem rebuscada. É como se o cientista escrevesse para si e, no máximo, para os seus colegas de grupo de pesquisa. Não é à toa que dissertações e teses mofam nas estantes. As consultas são mínimas, quando existem. O texto científico não pode mais se dar ao luxo de falar para si. É necessário simplificá-lo. Fazê-lo ser entendido pela maioria das pessoas. Ser científico não significa ser impenetrável. Em tempos de popularização da Ciência, o texto científico deve seguir o mesmo caminho, claro, sem abrir mão da precisão a respeito dos dados apurados. Não defendo que o texto científico seja tão genérico quando o texto jornalístico, por exemplo. No entanto, não deve ser tão fechado quando uma bula de medicamento, sob pena de não ser lido. Comunicar, não-apenas por meio das dissertações, é o desafio do cientista moderno.
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Concordo com o mestre. Alguns textos chegam a ser tão rebuscados que parecem ter sido escritos em outra língua e, portanto, precisam ser traduzidos. É preciso - e possível - simplificá-lo mantendo a clareza e precisão dos dados. Isso é necessário para que o texto científico chegue ao grande público e possa ser usado em benefício da sociedade.
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