quinta-feira, 10 de novembro de 2016

A necessidade de proteção de dados

O que considero mais importante na fala do Procurador da República, Rodrigo Bruno Ferreira, no Fórum da Rede Nacional de Pesquisa (RNP), ocorre no Instituto Federal de Brasília (IFB) desde o dia 8 e termina hoje, é sobre a necessidade de “proteção de dados”. E ele foi muito enfático: “os dados pessoais são protegidos, apesar da fragilidade do Marco Civil da Internet. No entanto, o que se deve fazer é ter uma auto-regulamentação em cada empresa, em cada organização”. Outro ponto fundamental ressaltado pelo Procurador Rodrigo Bruno com o qual concordo e debato e ressalto há tempos: nossos dados pessoais são protegidos. Nós é que autorizados as empresas a “nos invadirem”. Concretamente é isso o que ocorre com o Facebook, o Twitter e Google, só para ficarmos no exemplo de três gigantes da Internet. Nossa privacidade é invadida porque, no Brasil, não temos a cultura de preservá-la. Gostamos de olhar “pelo buraco da fechadura” e isso é considerado normal. Só mudaremos este ponto de vista quando passarmos a entender que privacidade, que vida particular é algo próximo do sagrado. E assim tem de ser para o todo e sempre. É crime divulgar fatos, fotos e o que seja da vida pessoal de alguém se autorização. Se não entendermos isso como uma conquista pessoal, individual, porém, mais que tudo, da sociedade, não avançaremos.


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