Nós, os brasileiros, nos arvoramos em
criticar a eleição de Donald J. Trump para presidente dos Estados Unidos da
América (EUA) por propostas, tais como, construir um muro na fronteira com o
México para barrar a entrada de mexicanos no País. Criticar as propostas
fascistas de Trump é saudável, porém, penso que deveríamos olhar para o nosso
umbigo, o umbigo das escolas brasileiras, em todos os níveis, e verificar se não
temos muros vergonhosos que impedem a entrada e a permanência das minorias nas
escolas? Negar direitos básicos aos estudantes é um muro intransponível. Expulsar
estudantes numa proporção maior do que os formados é outro tipo de muro invisível.
Avaliações mal-feitas, posturas reacionárias, metodologias tradicionais usadas meramente
com o fim de reprovar são outros mecanismos invisíveis que nos cercam. Como
muros. Que precisam ser derrubados permanentemente.
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