As democracias representativas são instrumentos
eficazísssimos do capitalismo para a manutenção do status quo. E é por conta
disso que as nações modernas e pós-modernas tentam mantê-las como a única
maneira possível de se governar. Nem que para isso sejam obrigados a engolir
governantes tais como Donald J. Trump. Os Estados Unidos da América (EUA) já
suportaram Ronaldo Reagan, George W. Bush (pai e filho) e continuam a liderar o
mundo. Não nos iludamos, para eles, no fundo, chega um momento em que é
impossível manter, na prática, o discurso de “distribuir o bem para todos”.
Externamente, “vendem” o discurso da paz e do respeito aos direitos individuais
e coletivos. Internamente, deixam um misógino, preconceituoso e bravateiro chegar
ao poder, digamos, “como uma necessidade de limpeza”: muros, expulsão de
imigrantes ilegais, prisões, ataques às minorias e coisas do gênero. Nem por isso
devemos deixar de lado a utopia de um mundo melhor. Ainda que, no capitalismo,
só haja um mundo melhor: o do consumo pelo consumo à parte os indivíduos.
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