quarta-feira, 2 de janeiro de 2019

O confisco das maçãs dos jornalistas


Talvez muitos dos jornalistas desta geração não tenham nenhum conhecimento a respeito dos anos de chumbo da ditadura militar de 1964. Mas, na posse, já sentiram o cutelo de um governo que, convenhamos, muitos deles, ajudou a eleger. A jornalista Mônica Bergamo, em uma das suas redes sociais, reclamou “do dia de cão” que foi a posse, quando “ficaram confinados no Congresso por mais de seis horas” e tiveram até as maçãs confiscadas. A paranoica segurança temia que os profissionais atirassem as frutas no presidente. Do evangelho, as maçãs trazem a má-fama de serem as frutas do pecado. Talvez, seja por isso, que foram consideradas proibidas na posse. Chega a ser cômico, se não fosse trágico, que muitos deles foram responsáveis pela eleição do presidente e do seu vice. Logo, que convivam com seus métodos nada amigáveis de tratar os profissionais d jornalismo. Talvez o pior ainda esteja por vir, quando passarem a confiscar, além das maçãs, os instrumentos de trabalho dos jornalistas profissionais.

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