Maria Luiza Cardinale Baptista faz questão de usar o acróstico dos três primeiros nomes Maluca. E deve ser mesmo Maluca com letra maiúscula para defender entre doutores que não existe nenhum tipo de distanciamento entre sujeito e objeto, mas sim um fluxo intenso de troca de afeto. Ela é Professora e pesquisadora da Universidade do Vale do Rio dos Sinos (UNISINOS) e Diretora da Pazza Comunicazione, Brasil. Esteve recentemente em Manaus para participar do II Seminário do Programa de Pós-graduação em Ciências da Comunicação (PPGCCOM) da Universidade Federal do Amazonas (Ufam) e deixou um rastro de encantamento, quase torpor com sua teoria da “paixão-pesquisa” que, aliás, se encaixa como uma luva dentro da proposta inovadora do PPGCCOM da Ufam. Felicidade, afeto, encanto, envolvimento... palavras e atitudes que parecem ter sumido do ambiente universitário. Distanciamento, objetividade... ciência fria. Cientistas frios. Algo que Maluca pretende quebrar na sua quase “missão” de pregar no deserto. Como ela disse durante a palestra em Manaus, somente quando você se autoriza a escrever sobre algo é que seu texto flui. Deve ser assim com o amor, o afeto, o carinho: somente quando você se autoriza a trocá-lo, as coisas fluem. Quando resolvi criar o Grupo de Pesquisa em Linguagens, expressões humanas, Mídia e Moda (MIMO) tinha plena convicção de que deveria ser, acima de tudo, um espaço para a troca de afeto porque, só assim, os saberes fluiriam. Depois da criação do Grupo, Maluca veio a Manaus e tivemos uma experiência de encantamento que não pára de reverberar até agora. Disse a ela que aqui entre nós desenvolveremos a teoria da "emoção-pesquisa", apenas um olhar diferente sobre a teoria dela, da "paixão-pesquisa". Será esse o nosso desafio teórico. Que sejamos todos felizes, Maluca!
sábado, 20 de novembro de 2010
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