Por meio de decretos e portarias o Ministério da Educação (MEC) implantou e continua a implantar a reforma universitária. Cada portaria, cada parecer, cada item do marco regulatório só reforça a ideia neoliberal do “estado mínimo na educação”. O pior é que grande parte da comunidade universitária brasileira não perceber o movimento ou fingir que ele não existe. Discute-se pouco o assunto, o marco regulatório, quando analisado, é feito em cada área do conhecimento o que provoca miopia em relação ao todo. Tenho travado discussões profícuas neste espaço. Numa delas, meu amigo e professor Jorge Atlas, ao comentar uma das postagens aqui do blog, alertou: “é preciso evitar a fordlização da universidade, toyotização do conteúdo e mercantilização da ciência." Ele acerta no cerne da questão que muitos intelectuais brasileiros querem negar. Há sim um movimento claro de fordilização da universidade brasileira, temperada por uma toytizaçào dos conteúdos, bem como a ciência passou a se utilizar de todos os instrumentos do mercado, inclusive, um marketing mal-aplicado que recebe o nome de divulgação científica ou coisa do gênero. Além de cientista, o pesquisador precisa ter um assessor de imprensa (ou de comunicação) para trombetear seus feitos, numericamente cobrados pelas agências de fomento. O momento requer reflexão profunda para não cairmos na armadilha de fermentar a produção.
quarta-feira, 10 de novembro de 2010
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