A política de ações afirmativas nas universidades
não pode ser vista meramente como uma espécie de "transferência de
renda". É preciso levá-la à sério e atentar para a finalidade precípua das
ações afirmativas: diminuir as desigualdades e dar chances a quem nunca teve
oportunidades iguais, de ingressar em um Curso Superior. Defender que no
sistema capitalista as oportunidades são iguais e que "esse povo deve
mesmo é batalhar", como tenho ouvido, é demonstrar falta de leitura
política mais acurada e desconhecimento da realidade do povo brasileiro,
principalmente dos pobres. Dizer que um filho de alguém das classe mais
humildes tem oportunidades exatamente iguais às do filho de alguém das classes
mais abastadas é desconhecer a vala que separa as classes no Pais. Mais que
isso, é ignorar as injustiças sociais que se nos apresentam constantemente em
cada canto das cidades do País. As ações afirmativas são tentativas de diminuir
as diferenças entre os que possuem e os que não possuem oportunidades de ter
uma carreira acadêmica digna pelas vias da "concorrência" normal.
Cabe ao Estado sim, corrigir discrepâncias em todos os níveis. E assim deve ser
vista a política de ações afirmações: um instrumento de acolhimento e integração
de pessoas menos favorecidas ao aparato estatal da Educação Superior. É preciso
refletir mais profundamente sobre o assunto para não se cometer injustiças.
Se você ainda não leu a “Carta aberta ao secretário Sérgio Mendonça”, cliquei
aqui, leia e replique. Todos precisamos refletir sobre o problema. Juntos!
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