domingo, 12 de maio de 2013

Mãe: vitória da persistência e da fé


Hoje, pela manhã, quando um programa de televisão "contava" um pouco a história de vida de José Paulo Bezerra Maciel Junior, o Paulinho, volante do Corinthians, meus olhos marejaram. Vi o filme da minha vida de dificuldades, erros e acertos, passar em segundos. Quanto mais a história dele avançava, mais lágrimas brotavam dos olhos. Tanto na vida dele quanto na minha, as mães foram fundamentais para que não ficássemos pelo caminho, no mundo das drogas, da bebida ou de qualquer outra dessas "facilidades" da vida pós-moderna. Erika Lima Nascimento é a mãe de Paulinho. Clotilde Alves Vieira Monteiro é a minha mãe, do jornalista Gilson Monteiro, que se transformou em professor da Universidade Federal do Amazonas (Ufam) e depois se transformou em doutor, um título conquistado em São Paulo, a duras penas, na Universidade de São Paulo (Usp), lugar onde nasceu Paulinho, um menino pobre, abandonado pelo pai, cuja mãe dependeu da ajuda de amigos para garantir a passagem de ônibus para ele treinar. Com 17 anos, quando jogava pelo FC Vilnius, da Lituânia, em 2006, Paulinho foi vítima de preconceito racial. "Jogavam bananas e moedas na gente. Nos chamavam de macacos. Pensei em abandonar tudo". Assim também me senti ao ser agredido, no dia 11 de maio de 2009, em pleno auditório Rio Negro, do Instituto de Ciências Humanas e Letras (ICHL). Cheguei a me sentir órfão de uma universidade pela qual tanto lutei. Paulinho também ficou órfão do pai, embora vivo. À tarde, ele fez um dos gols que deram a vitória ao Corinthians. Hoje é considerado um dos melhores jogadores brasileiros em ação. Muito provavelmente será convocado para Seleção Brasileira que disputará a Copa das Confederações. Venceu pela persistência da mãe. Só eu sei o que passei até chegar aqui. Também pela persistência da minha querida mãe, venci. Ele ganha R$ 4,2 milhões de reais por mês. Eu, pouco mais de R$ 12 mil (bruto). Nossas mães sentem orgulho de nós. Não quero, agora, discutir se é justa ou não a distância salarial que nos separa. Quero apenas reconhecer o esforço de duas mães que, em cada canto do Brasil, lutaram como leoas para que seus filhos fossem homens decentes. Obrigado mães que, pela fé e pela resistência, mudam a vida dos seus filhos!

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Um comentário:

  1. Concordo Gilson! Assim como a mãe do Paulinho, nossa mãe é guerreira e merece todas as homenagens do mundo! Batalhou muito para nos criar e é um belo exemplo de vida! Obrigada mãe! Amamos você!

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