Hoje, pela manhã, quando um programa de televisão
"contava" um pouco a história de vida de José Paulo Bezerra Maciel
Junior, o Paulinho, volante do Corinthians, meus olhos marejaram. Vi o filme da
minha vida de dificuldades, erros e acertos, passar em segundos. Quanto mais a
história dele avançava, mais lágrimas brotavam dos olhos. Tanto na vida dele
quanto na minha, as mães foram fundamentais para que não ficássemos pelo
caminho, no mundo das drogas, da bebida ou de qualquer outra dessas
"facilidades" da vida pós-moderna. Erika Lima Nascimento é a mãe de
Paulinho. Clotilde Alves Vieira Monteiro é a minha mãe, do jornalista Gilson
Monteiro, que se transformou em professor da Universidade Federal do Amazonas
(Ufam) e depois se transformou em doutor, um título conquistado em São Paulo, a
duras penas, na Universidade de São Paulo (Usp), lugar onde nasceu Paulinho, um
menino pobre, abandonado pelo pai, cuja mãe dependeu da ajuda de amigos para
garantir a passagem de ônibus para ele treinar. Com 17 anos, quando jogava pelo
FC Vilnius, da Lituânia, em 2006, Paulinho foi vítima de preconceito racial.
"Jogavam bananas e moedas na gente. Nos chamavam de macacos. Pensei em
abandonar tudo". Assim também me senti ao ser agredido, no dia 11 de maio
de 2009, em pleno auditório Rio Negro, do Instituto de Ciências Humanas e
Letras (ICHL). Cheguei a me sentir órfão de uma universidade pela qual tanto
lutei. Paulinho também ficou órfão do pai, embora vivo. À tarde, ele fez um dos
gols que deram a vitória ao Corinthians. Hoje é considerado um dos melhores
jogadores brasileiros em ação. Muito provavelmente será convocado para Seleção
Brasileira que disputará a Copa das Confederações. Venceu pela persistência da
mãe. Só eu sei o que passei até chegar aqui. Também pela persistência da minha
querida mãe, venci. Ele ganha R$ 4,2 milhões de reais por mês. Eu, pouco mais
de R$ 12 mil (bruto). Nossas mães sentem orgulho de nós. Não quero, agora,
discutir se é justa ou não a distância salarial que nos separa. Quero apenas
reconhecer o esforço de duas mães que, em cada canto do Brasil, lutaram como
leoas para que seus filhos fossem homens decentes. Obrigado mães que, pela fé e
pela resistência, mudam a vida dos seus filhos!
Se você ainda não leu a “Carta aberta ao secretário Sérgio Mendonça”, cliquei
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Concordo Gilson! Assim como a mãe do Paulinho, nossa mãe é guerreira e merece todas as homenagens do mundo! Batalhou muito para nos criar e é um belo exemplo de vida! Obrigada mãe! Amamos você!
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