Vejo meu filho, avidamente, a saborear seus livros
sobre mitologia grega e aventuras dos deuses, bem como de jogos de computador.
São leituras cujo tempero é a aventura. Lembro-me, como, quando criança, lia
durante dois ou três dias seguidos os livros de bolso de Estefania e
Santillana. Os heróis do faroeste norteamericano, suas proezas com as armas na
mão, temperados com as conquistas amorosas, embalaram a minha infância. Nem por
isso me tornei um pistoleiro, assim como meu filho, com certeza, não vai ser
mais ou menos viciado em jogos de computador pelos livros que lê. Nas escolas
tradicionais, no entanto, há, abertamente, preconceito contra esse tipo de
leitura, como se houvessem bons ou maus livros. Talvez tenhamos bons e maus
leitores, isso sim! Aliás, para ser mais exato, é bem possível que tenhamos
leitores e pronto. Sem nenhum tipo de qualificação. Só não aceito o mito de que
a geração atual não lê. Lê sim! E muito! Talvez o que não haja é uma efetiva
preparação das escolas atuais, em todos os níveis, para os estudantes que
recebem. Não se pode mais recebê-los com a mesma visão de antes a respeito do
ato de ler. O estudante de hoje tem outra formação cognitiva fora da escola.
Não vive apenas em função dela, a escola, portanto, não tem o padrão de leitura
que os professores esperam. Ao que tudo indica, nós, os professores, precisamos
mudar nossa perspectiva a respeito do olhar sobre a leitura. Talvez, assim, os
novos modos de leitura sejam reconhecidos e incorporados ao dia a dia da
escola.
Se você ainda não leu a “Carta aberta ao secretário Sérgio Mendonça”, cliquei
aqui, leia e replique. Todos precisamos refletir sobre o problema. Juntos!
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