Ontem, aqui mesmo neste espaço, publiquei uma
postagem denominada "Professor
ensina a escrever artigos de alto impacto". Pode parecer óbvio que um
professor universitário esteja completamente habilitado a escrever artigos
científicos. Em tese, está sim. Acontece, porém, que nem todos nós, os mortais
professores universitários, estamos habituados às regras criadas pelos nossos
pares, fincadas na Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior
(Capes), com o intuito de nos avaliar permanentemente. Além disso, não existem
apenas regras da Capes. Para cada uma revista científica, nacional ou não, para
cara corpo editorial, há uma visão diferente, um jeito diferente de os artigos
serem aceitos (ou não). E é isto o que torna "a difícil vida de professor
universitário", principalmente de quem participa dos programas de
Pós-graduação das universidades brasileiras, uma permanente aventura.
Principalmente para nós, os que habitam o Norte do País, a aventura de aprovar
um artigo, ou projeto, é ainda mais penosa. Não que não tenhamos competência. O
problema é que temos poucos doutores disponíveis para as numerosas atividades
que somos levados a desenvolver em função da própria estrutura de financiamento
das universidades brasileiras. Com isso, somos obrigados a dividir atividades
administrativas com atividades, digamos, "produtivas" dos programas
de Pós-graduação. Enfrenta-se, em verdade, uma sinuca-de-bico que termina por
ser minorada com esse tipo de curso, de treinamento para a publicação de
artigos. Não soluciona o problema, mas, pelo menos, nos aponta dicas interessantes
para vencer as barreiras que nos são impostas, no mais das vezes, pelos nossos
pares. Vale o desafio de vencer as adversidades e publicar artigos bem como
aprovar projetos. Vale para professores e professoras!
Se você ainda não leu a “Carta aberta ao secretário Sérgio Mendonça”, cliquei
aqui, leia e replique. Todos precisamos refletir sobre o problema. Juntos!
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OBS:
Post do dia 30/05/2013
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