Em quaisquer dos níveis, do Ensino Básico ao
Superior, mais que tudo neste último, é tão utópico esperar (inclusive lutar)
por uma mudança de status quo, a partir da escola, quanto chegar ao Sol com
asas pregadas com cera. Como aparelho ideológico do Estado, a Escola serve, em
verdade, para formatar pessoas. A fazê-las entenderem que não há vida além do
Capitalismo e que, o máximo que se pode conseguir é uma espécie de socialismo
chapa branca, ou seja, socialismo de Estado, no qual as medidas de inclusão são
sempre "bancadas" na base da imposição. E por assim serem, não contam
nem com o reconhecimento, muito menos aceitação, por parte da sociedade que, no
fundo, reza pela cartilha da exclusão e da competição capitalista vigente. À
parte essas constatações óbvias, o próprio sistema educacional brasileiro é
castrador e excludente por essência. Foi criado para perpetuar hereditariamente
castas e feudos profissionais nos quais pais passam os bastões para filhos, que
passam para os netos, bisnetos ao infinito. É como se profissão fosse uma
empresa cujo processo de sucessão começa nas universidades, com filhos, netos e
bisnetos como membros da mesma linhagem profissional. Como esperar alguma
mudança, uma revolução nas práticas, inclusive pedagógicas, se a função
precípua da universidades, nessas áreas, é não mudar nada? Ou se amplia a visão
educacional para além dos muros da escola ou estamos fadados a mudar do nada
para coisa nenhuma.
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