O argumento de
que, com a falta de recursos nas universidades brasileiras, a aprovação da PEC
395/2014, se configura em uma luz, se não ingênua, aparenta ser carregada de
intenções escondidas. Aparentemente, é uma regulamentação da prática recorrente
na maioria das universidades, de se cobrar por cursos de especialização e de
extensão. São os chamados cursos autofinanciáveis. Acontece que alguns espertalhões
aproveitaram o mote para incluir a cobrança de mensalidades nos Mestrados
Profissionais, o que, no meu entendimento, abre as portas para a cobrança de mensalidades
em todos os níveis da Educação Superior. Na prática, a Educação Superior
brasileira se encontra em uma encruzilhada: ou adere ao modelo misto de
financiamento, já praticado de forma indireta, ou terá recursos cada vez mais
escassos independentemente de quaisquer ajustes fiscais. Recentemente, o
Ministro da Educação, Aloizio
Mercadante, disse que a responsabilidade por mais recursos para a Educação
é do Congresso. Com a PEC 395/2014 talvez o Congresso queira dar a sua
resposta.
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