Há outro ponto
fundamental que deve ser levado em conta ao se examinar a anulação do título de
doutora obtido por uma professora da
Universidade Federal do Pará (UFPA). A decisão tomada pela Universidade
Federal de Minas Gerais (UFMG) deixa a impressão que a avaliação, embora
propagada como “uma das melhores do mundo”, é frágil. E precisa ser urgentemente
repensada. Ao que tudo indica, a prática do plágio talvez seja muito mais
frequente de o quê aparenta ser. Obrigados a atingir um grau extremo de
produtividade, os pesquisadores passam a usar de artimanhas, inclusive,
digamos, “plágio de si mesmos”. Ao mesmo tempo, o sistema de bancas
examinadoras talvez precise ser revisto. Afinal, não pode ser aceitável como
possível que uma tese inteira seja cópia de outro trabalho e a banca
examinadora tenha “deixado passar”. A fragilidade do processo atual de
avaliação é latente. O fato recente é revelador. E deve servir pelo menos como
um alerta para que se comece a refletir sobre o problema com a profundidade que
o problema exige.
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