quinta-feira, 4 de fevereiro de 2016

A lógica do amor aos animais

Durante anos e anos entendi, mas, não compreendi o amor extremo que algumas pessoas dedicam aos gatos e cachorros, só para ficar em dois exemplos. Com o tempo e os estudos de teorias que nos dessem sustentação para a área de concentração do Programa de Pós-graduação em Ciências da Comunicação (PPGCCOM), ecossistemas comunicacionais, da Universidade Federal do Amazonas (UFAM), passei a ver que posso até nem atender alguns tipos de afetividades, no entanto, tenho o dever de aprender a respeitá-los. Digo sempre aos estudantes do Mestrado em Comunicação que a perspectiva do olhar ecossistêmica é capaz de mudar até o nosso modo de ver a vida. Ora, se acreditamos que somos parte do ecossistema, entenderemos que todos os seres vivos também o são. Assim sendo, os animais, como nós, somos parte da Terra. Portanto, não é de todo impossível que alguém ame o seu cachorro, o seu gato, e o trate “somo se fosse um membro da família”. Se nós não somos capazes de fazê-lo (eu, confesso, ainda não o sou), não significa que não devo respeitar o direito do outro de democratizar o afeto. Quem sabe, pessoas que conseguem dedicar amor tão profundo aos animais tenha mais maturidade afetiva do que eu? Acredito piamente na perspectiva do olhar ecossistêmica. E é esta crença que me faz, agora, nem sempre tentar entender, mas, respeitar as diferenças.


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