É com uma mistura de espanto e incredulidade
que vejo o anúncio da inauguração de mais uma escola estadual, em Manaus, a ser
administrada de forma “partilhada” entre a Secretaria de Estado da Educação
(Seduc) e a Polícia Militar (PM). Por mais que os resultados numéricos desta
parceria sejam aparentemente positivos, não me convencem. Não considero que, ao
longo do tempo, uma geração educada sob a égide do regime militar possa ser
saudável para a sociedade e para a democracia. Que a filosofia dos quartéis
seja restrita aos quartéis. A questão da falta de segurança é grave. No
entanto, não me parece a melhor solução que a Polícia Militar passe a
administrar escolas como forma de coibir a violência. Como educador e crente na
possibilidade da Educação para mudar vidas, tenho dúvidas profundas quanto a
esta mistura de funções. A PM tem o dever de garantir a segurança enquanto a
escola tem o dever de educar. São coisas que, ao meu ver, não se misturam
jamais.
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