A professora Ivany Fazenda, há
tempos, atribuiu a nossa dificuldade em produzir textos ao que chama de “escola
do silêncio”: os estudantes não abrem a boca com receio de serem admoestados
pelos professores, quiçá, pelos próprios colegas. Não é difícil concluir,
portanto, que esta “escola do silêncio” castra nossas histórias. Belas
histórias deixam de ser contadas ao longo da vida em nome da “objetividade” dos
textos acadêmicos. Com isso, o conteúdo de “lindas pesquisas” vale menos que os
arrazoados da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT). As pesquisas
perdem o rigor, por conseguinte, os textos perdem a leveza e o vigor. Como
muito bem enfatiza o meu colega Gilson Volpato: valoriza-se mais complexidade
que a simplicidade. Quando o coração silencia, a alma fique gélida e os textos
padecem desta frieza. É mister mudarmos esta realidade quase doentia que
vivemos. Todos podemos contar belas histórias. Que tal nos darem mais
liberdade? A Ciência e a Vida agradeceriam!
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