A tese da “perda da autonomia
consentida” das universidades brasileiras talvez seja da “assepsia política”
(outra defesa contra a qual me rebelo, cuja denominação se refere ao que hoje
se chama “escola sem partido”), dominante no mundo acadêmico. Raros são os que
abraçam teses polêmicas. A resposta mais usual é: “Não, vai me comprometer! ”. Senhoras
e senhores, leitores e leitoras, professores e professoras, cá entre nós, neste
cantinho de leitura: é possível uma escola que pulsa, feliz, libertadora, sem
comprometimento? A escola neutra, padece de o quê chamei de “assepsia política”.
É uma escola sem paixão, sem vida. Nós, professores e estudantes, nos
transformamos em cordeirinhos. Caninamente obedientes a todas as normas e
regras que nos são impostas. Nossa falta de compromisso é tamanha que, às
vezes, nem nos damos ao luxo de participar da discussão das normas. Esta escola
sem vida não forma, deforma. Logo, não serve à vida, mas, possivelmente, é a
prima-mãe, preferida pelo próprio mercado. Matamos o futuro no presente. E isso
é lastimável!
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