Esperei passar o primeiro momento,
da profusão de emoções para escrever sobre o que foi, ontem, a partir das
14h30min, na sala 6 do Bloco Mario Ypiranga, do antigo Instituto de Ciências
Humanas e Letras (ICHL), da Universidade Federal do Amazonas (UFAM), a defesa
pública da Tese “A canção na Amazônia e a Amazônia na canção”, do colega de
UFAM, Elias Farias, no Programa de Pós-graduação em Sociedade e Cultura na
Amazônia (PPGSCA). Afirmo e reafirmo: “Foi a experiência acadêmica mais linda
que já vivi na UFAM. Eu merecia aquele momento antes de ir (definitivamente)
embora da Instituição. Tenho 53 anos de idade e nunca tinha presenciado cinco
doutores chorarem copiosamente ao fim da apresentação de um candidato ao título
de Doutor. Meu orientado e colega de Universidade Federal do Amazonas (UFAM),
Elias Farias, fechou a apresentação da tese "A cação na Amazônia e a Amazônia
na canção" com a música "A última curva do rio", composta por
ele. Ele revelou que tinha feito uma “música-tese”, mas, que só cantaria após a
arguição. Como presidente da Banca examinadora composta por Maria Luiza
Cardinale Baptista, da Universidade de Caxias do Sul (UCS), Rosemara Staub de
Barros, Cássia M. B. Nascimento e Odenei de Souza Ribeiro, todos da UFAM. Após
a execução da música ninguém quis falar mais nada e a banca se transformou em
uma “roda-de-conversa”. Elias Farias venceu a si mesmo, o medo e toda a
formação cartesiana e, efetivamente, na forma e no conteúdo, apresentou uma
tese baseada na Teoria da Complexidade. Revelou que hibernou durante um ano e
meio na obra de Edgar Morin. Foi capaz de vencer problemas pessoas graves na
família e apresentar uma obra que é um marco na pesquisa feita no Amazonas. Não
tenho como descrever a emoção em dizer “ele conseguiu! ”. Hoje posso dizer, sem
medo de errar. Deixo a UFAM com a sensação do dever cumprido e sem aquela
sensação de que metia para mim mesmo ao repetir o mantra. Obrigado, Elias
Farias, pelo presente de despedida! Você provou que é possível fazer pesquisa
ecossistêmica com afeto, amorosidade e rigor científico.
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