segunda-feira, 12 de junho de 2017

Gestão democrática e eleições diretas

Todos nós que fomos às ruas e lutamos pelas “Diretas já” tínhamos uma utopia: gestões mais democráticas. A prática quotidiana nos ensina, no entanto, que a democracia representativa sem estruturas efetivamente democráticas perpetua “ações entre amigos” para garantir um monstro que nem nos preocupamos: a governabilidade. Foi em nome deste mostro, aliado a outros dois, a estabilidade política e a estabilidade econômica, que quatro juízes do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), incluso o seu presidente, o ministro Gilmar Mendes, disseram: “houve crime, reconhecemos que são graves, mas, as provas robustas existentes não fazem parte do pedido inicial”. Um Tribunal é uma “instância colegiada” das democracias representativas, assim como todos os “Conselhos”. Promove, por si, a gestão democrática? De jeito nenhum. Eis o ponto para o qual ainda não temos solução. É mister, no entanto, pensar em como superá-lo!


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