Garotas e garotos, na
flor da idade, transformaram, também muito cedo, em juízes, desembargadores e
promotores Brasil afora. E, pelo jeito, se deixaram seduzir pelos holofotes.
Então, nos quatro cantos do País, assumiram os espíritos de Zorro e Tonto (alguns
mais tontos que Zorros): querem fazer justiça com as próprias mãos (ou com as
togas) à revelia da Lei. A existência ou não de provas pouco interessa. Pessoas
são condenadas ou absolvidas com base na “convicção” dos magistrados. Acontece
que convicção e crença estão no campo da fé, não da Ciência. Muitos menos do
Direito. Comprar deputados e senadores descaradamente, à luz do dia, não prova
nada. Nas democracias, nem tudo deve ser decidido pelo judiciário. Talvez seja
a hora de nos preocuparmos com estes garotos fantasiados de justiceiros que
usam a fé, a crença, a Bíblia e não o Código de Processo Civil para tomar suas
decisões.
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