Tenho observado as
reações contra a condenação de Luiz Inácio Lula da Silva, o Lula, “por convicção”
proferida na sentença do juiz federal de primeira instância, Sérgio Moro.
Muitas delas de professores e professoras universitárias. E fiquei a me
perguntar: será que nós, os professores e professoras, não cometemos o mesmo
equívoco com os nossos estudantes? Evidências não provam nada: são só
evidências. Certa vez, em uma das turmas que ministreis aulas, uma das
estudantes faltou na data marcada para a prova. Como faço sempre, dei a segunda
chance, como um valor menor a todos os que faltaram. Ela não veio de novo,
assim como não compareceu à terceira data proposta. Fiquei com a “convicção” de
que “ela não queria nada”. Posteriormente, a encontrei em um dos corredores.
Ela me abordou e pediu-me desculpas por não ter comparecido às provas. Disse
que teve um problema familiar e precisou optar por se afastar temporariamente
do curso. Foi uma decisão madura, pensada, inteligente. Passei a entende-la e
revi meu “convicto” parecer a respeito dela.
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