quinta-feira, 13 de julho de 2017

Nossas condenações por convicção

Tenho observado as reações contra a condenação de Luiz Inácio Lula da Silva, o Lula, “por convicção” proferida na sentença do juiz federal de primeira instância, Sérgio Moro. Muitas delas de professores e professoras universitárias. E fiquei a me perguntar: será que nós, os professores e professoras, não cometemos o mesmo equívoco com os nossos estudantes? Evidências não provam nada: são só evidências. Certa vez, em uma das turmas que ministreis aulas, uma das estudantes faltou na data marcada para a prova. Como faço sempre, dei a segunda chance, como um valor menor a todos os que faltaram. Ela não veio de novo, assim como não compareceu à terceira data proposta. Fiquei com a “convicção” de que “ela não queria nada”. Posteriormente, a encontrei em um dos corredores. Ela me abordou e pediu-me desculpas por não ter comparecido às provas. Disse que teve um problema familiar e precisou optar por se afastar temporariamente do curso. Foi uma decisão madura, pensada, inteligente. Passei a entende-la e revi meu “convicto” parecer a respeito dela.


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