Ontem, ao conversar com colegas professores da
Universidade Federal do Sul da Bahia (UFSB), lembrei-me de um certo Reitor da
Universidade Federal do Amazonas (UFAM) que se elegeu pregando o distanciamento
total dos partidos políticos e da política. Até hoje fico a me perguntar como
um discurso tão contraditório venceu dentro de uma universidade pública
tradicional do porte da UFAM? Mas, venceu! E depois venceu de novo. À época,
combati arduamente o que chamei de assepsia política. A universidade é o lugar
da política. Que a quer asséptica, todos e todas que a quiseram asséptica são
responsáveis pelo momento político atual de rumo às trevas. Durante muito
tempo, fiz “mea culpa”. Mas, não posso ser culpado. Nunca defendia a assepsia política
na universidade, semente do tal pensamento atual da “escola sem partido”.
Portanto, não posso me sentir culpado se um nazista, fascista, misógino e homofóbico
chegar à Presidência da República. O descompromisso político e a ideia de
assepsia política ainda são enormes na universidade brasileira em geral. Seria
importante se nós, internamente, em cada uma das nossas instituições revíssemos
nossos comportamentos. Assumíssemos a importância da participação política em
todos os níveis. É a única forma que temos de evitar que mentes reacionárias e retrógadas
com as atuais nos vençam. Repito: a universidade é o lugar da política. E assim
deve sê-lo sempre!
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