Ontem recebi um número, certamente baseado apenas
no chutômetro pessoal, que, de alguma forma, deixou-me extremamente preocupado,
com o perdão do trocadilho. A pessoa me disse que 40% dos membros da comunidade
da Universidade Federal do Amazonas (UFAM) são eleitores e cabos eleitorais de “O
Inominável”. Minha primeira reação foi: “Ainda bem que eu saí da UFAM antes”. Em
seguida, passei a “matutar”: embora tenha sido um chute, será que, em todas as
universidades brasileiras, a extrema direita não beira este número? Em números,
não sei dizer, mas, que a extrema direita, se não avançou, tirou a máscara. Não
tem mais nenhum tipo de vergonha de assumir suas posições. Isso é bom ou ruim?
Considero saudável. O ambiente da universidade deve ser mesmo de combate
permanente entre ideias contrárias. Minha grande dificuldade, no entanto, é
aceitar como “normal” quem defende homofobia, misoginia, racismo e tortura,
para só enumerar algumas das dificuldades que tenho. Isso significa que devo
defender a morte e a tortura destas pessoas? De jeito nenhum. O bom combate é o
de ideias. Mas, há valores humanitários universais dos quais não abro mão.
Alguns, ainda estou em fase de amadurecimento, outros, são ganhos da minha vida
dentro da própria universidade. Particularmente em relação à UFAM, se for
verdade, muita tristeza. Mas, é a realidade do mundo e da vida. Inclusive, da
vida acadêmica.
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