Que o brasileiro odeia pobre, preto, mulher e as
minorias em geral, já desconfiávamos, porém, não tínhamos certeza. As eleições
deste ano e o número de membros das minorias que apoia um candidato que prega,
justamente, o ódio a estas minorias só tem uma explicação, como bem chamava a
atenção Paulo Freire: o oprimido passa a ser opressor. Muitos e muitas beneficiados
por políticas de ações afirmativas, por exemplo, “chegaram lá” e, agora, ainda
que às escondidas, destilam ódios aos seus. Quando imaginávamos ter vencido
este ódio histórico às minorias, descobrimos que ele foi apenas adormecido
durante uma década. Teremos trabalho redobrado durante a década seguinte. Só não
podemos é desistir da luta agora.
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