domingo, 30 de setembro de 2018

O que aprendi com a minha filha


A maior virtude de um ser humano é aprender com os próprios erros e com as outras pessoas. Mais ainda quando esta “outra pessoa” tem 18 anos e é sua filha. Muito provavelmente, em tempos idos, da minha infância, por exemplo, uma filha pouco tinha espaço para argumentar com os pais, principalmente com o pai. Tento ser e fazer diferente. Com todo carinho e jeito (ela sabe que sou radical em alguns posicionamentos) ela disse: “Papai, gosto do modo firme com que o senhor se posiciona e defende seus pontos de vista. Mas, o senhor não deve dizer que não respeita uma mulher só porque ela vota no Bol... Uma mulher destas só é digna de pena”. Argumentei que ser intolerante em relação ao fascismo e à misoginia é uma virtude. “Pai, é um ser humano. Vazia e sem noção, mas, é um ser humano. E quando o senhor diz que não a respeita, chega ao mesmo nível de violência deles”. Eis outra das minhas intolerâncias: o sentimento de pena. Quando alguém é digno de pena, está no último degrau do que se pode considerar humano. Mas, minha filha tem razão, ainda que no último degrau na minha classificação particular de humano, uma pessoa (e não apenas uma mulher, para ser mais exto) que vota no Besta-fera só é digna de pena. Por isso: #elenao, #elenunca! Obrigado pela lição, minha filha amada!

Visite também o Blog de Educação do professor Gilson Monteiro e o Blog Gilson Monteiro Em Toques. Ou encontre-me no www.linkedin.com e no www.facebook.com/GilsonMonteiro.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Participe! Comente! Seu comentário é fundamental para fazermos um Blog participativo e que reflita o pensamento crítico, autônomo livre da Universidade Federal do Amazonas.