Há que se mudar,
definitivamente, a perspectiva do olhar em torno do processo de aprendizagem
nas universidades brasileiras. Transformar o mercado, e não a sociedade, em
foco das ações fez com que os professores criassem um ambiente e competição desenfreada
entre si que prejudica sensivelmente a aprendizagem. O primeiro equívoco grave
é querer criar dentro das universidades uma espécie de espelho do mercado, com
todas as suas idiossincrasias e contradições. É impossível, e não é esse o
papel da universidade, replicar dentro dela, o ambiente competitivo individual
e de falta de colaboração típico do capitalismo de rapina e selvagem. A
universidade tem de funcionar como uma incubadora de ideias e de soluções para
os problemas da sociedade e não dos seus professores e pesquisadores. É salutar
a competição, mais que isso a colaboração, que tenham como foco a solução de
problemas sociais. Condenável, porém, é transformar a universidade brasileira
em uma simples incubadora de empresas e de capitalistas de per si. Capitalistas
menos vorazes e menos aves de rapina são bem-vindos e saudáveis para a
sociedade. No entanto, a universidade brasileira precisa repensar esse caminho
elitista e esse viés empresarial que contamina boa parte dos seus professores. Em
não sendo assim, teremos uma universidade meramente utilitarista e da mais
valia. A sociedade perderá com isso.
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