Causa-me espanto que
tenhamos aceito ser avaliados, principalmente nos programas de Pós-graduação,
como se fossemos uma fábrica, e nosso melhor ou pior desempenho fosse centrado
no número de egressos (formados não importa como) e no número de artigos e
livros que produzimos. É nivelar no raso campo da mera estatística e
despolitizar, inclusive, o processo da produção em Ciência no País. A Ciência
não é neutra como não o é nenhuma atividade que envolva seres vivos, uma vez que
todos, sem nenhuma exceção, somos sujeitos de um processo maior que se chama
vida. A neutralidade da Ciência esconde o uso político que dela é feito para
manter o status quo. E para sustentar esse discurso da neutralidade da Ciência
(e dos cientistas) recorre-se ao método, que deve ser baseado no distanciamento
(portanto na neutralidade) do sujeito em relação ao objeto. Centrar as
discussões nesse tipo de “verdade” é admitir que os programas de pós-graduação
fazem parte de uma fábrica de “forma” cientistas “neutros” para reproduzir esse
mesmo discurso vida afora. Reflitamos sobre isso!
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