Uma universidade não é um
escritório ou uma organização de negócios como outra qualquer. Não pode,
portanto, aceitar quaisquer tipos de serviços de assessorias para os quais é
procurada. Ainda mais se é uma universidade pública. Deve, portanto, em
essência, servir aos interesses do público, da sociedade, em defesa das
minorias e dos excluídos. Essa deve ser a premissa básica de uma universidade
federal, inclusive, defendendo com unhas e dentes a diversidade religiosa, por
exemplo, uma vez que o estado é laico. A não ser que deixemos o cinismo de lado
e assumamos publicamente que a universidade brasileira representa uma elite
burguesa, para ela existe e a ela serve, e que se danem as minorias e os excluídos.
O que não dá é para se fazer um discurso canastrão de defesa dos interesses das
minorias, mas funcionar como um escritório de negócios de meia dúzia de
iluminados que usa toda a estrutura das instituições para fazer negócios
milionários inclusive com o próprio estado. Esses são princípios básicos que
precisam ser discutidos e postos em prática na hora de qualquer mudança que se
queira pensar. O serviço que a universidade presta à comunidade é a formação de
pessoas para o exercício pleno da cidadania e não meramente para o mercado.
Reduzir a universidade a uma prestadora de serviços técnicos e matá-la aos
poucos.
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