Não sei qual a sensação de
uma pitada em um cigarro de baseado. Muito menos do cigarro legal. Nunca tive
vontade de experimentar nenhum dos dois. Das drogras legais, já tomei uísque,
cachaça e cerveja. Estar embriagado e perder completamente a consciência de si
não são coisas boas. De quando em vez, porém, penso que todos os consumidores
do álcool, em geral, embriagam-se. Tenho tomado o cuidado de exagerar cada vez
menos. Não gosto de estar inconsciente em nada que faço. Episódios como o da
invasão da Universidade Federal do Amazonas (Ufam) para prender estudantes
membros da “esquadrilha da fumaça” e, mais recentemente, da Universidade de São
Paul (Usp) revelam, porém, que a universidade brasileira, como reflexo da própria
sociedade, é reacionária, careta e hipócrita. Tratar a questão das drogas
consideradas ilegais nas universidades como um caso de polícia e não de saúde
pública é de uma estreiteza que só confirma a minha hipótese da hipocrisia como
regra. Nem os estudantes da Ufam, nem os da Usp precisam ser tratados como
criminosos comuns. São doentes, viciados em uma droga que não está na lista das
permitidas assim como há milhões e milhões de brasileiros viciados em no fumo e
no álcool. Uma universidade que trata casos como esses dessa forma, não educa
para a vida; para a liberdade e para a autonomia; mas, para a punição e para a
repressão.
Visite também o Blog Gilson Monteiro Em Toques e
o novo Blog do Gilson
Monteiro. Ou encontre-me no www.linkedin.com e
no www.facebook.com/GilsonMonteiro.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Participe! Comente! Seu comentário é fundamental para fazermos um Blog participativo e que reflita o pensamento crítico, autônomo livre da Universidade Federal do Amazonas.