segunda-feira, 10 de outubro de 2011

Os supermercados da educação

Ao se aproximar o final do ano, quem tenta mudar os filhos de escola, depara-se com o que se pode chamar de “supermercados da educação”. Se as farmácias, há muito, vendem picolés, sorvetes, filmes, brinquedos e até mesmo medicamentos, as escolas, atualmente, oferecem uma gama de serviços, todos adicionalmente pagos. A velha escolha, cujo foco era a formação cidadã, hoje, foi substituída por uma cesta de serviços educacionais de deixar os pais de estudantes tontos. A mensalidade escolar, que já é altíssima, não cobre nenhum dos serviços adicionais. As escolas oferecem voleybol, natação, futebo, balé, dança, artes e o que mais puderem. Cada uma dessas modalidades com preços diferentes e onerosos aos bolsos dos pais. Trata-se de um serviço que, rigorosamente, é pago duas vezes pelos pais que recolhem impostos. Portanto, a cada dia, é preciso refletir mais sobre a escola pública que é oferecida aos nossos filhos e aos filhos de toda a comunidade. Não é possível transformar a educação em mero serviço e ofertá-lo como se as escolas fossem supermercados. Para o bem da sociedade.

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