Condenar pura e
simplesmente os garotos que foram acusados por uma famosa escola de Manaus de
contratar hackers para furtar as provas do terceiro ano do Ensino Médio é o
caminho mais simplista e cômodo de ver o problema. Esses jovens fizeram isso
porque a eles nunca foi ensinado o valor do respeito ao outro. Esses jovens,
principalmente na tal escola, não são educados; são treinados para “passar” em
concursos vestibulares. Para eles e os próprios pais, sucesso é ser aprovado.
Não foram educados para a vida. Não sabem que errar e acertar são componentes
normais (e naturais) do ser vivo. Aí me aparece a mãe de um dos estudantes da
dita escola e protesta, em uma das rádios da cidade, contra a posição “arbitrária
e autoritária” tomada pela direção no episódio. Um pai que matricula um filho
em uma escola cuja base pedagógica é a arbitrariedade e o autoritarismo não
pode se dizer surpreso quando algo dessa forma acontece. Nas escolas com esse
tipo de filosofia, de valor, transversalmente também se aprende que “os fins
justificam os meios”. Logo, o que esses estudantes aprenderam foi: “o
importante é passar, é ser aprovado; não importam os meios que nos utilizarmos
para tal”. Vergonha, para eles, e pelo que aprenderam, não é serem pegos
fraudando uma prova, mas, sim, não serem aprovados. Enquanto valores desse tipo
foram “vendidos” na escola, em todos os níveis, a Educação brasileira tende ao
fracasso completo.
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Compartilho de seu comentário sobre o estilo doutrinador e nem um pouco educador e formador do colégio em pauta. Endosso seu artigo
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