Autorizado pelo jornalista
Anderson Vasconcelos, transcrevo a entrevista que dei ao Jornal da Adua intitulada “Quem é o
verdadeiro agressor?”, um desabafo documentado da violência que sofro há mais
de dois anos, não apenas física, mas moral. Eis mais duas perguntas:”Se a Universidade sabia que o dinheiro era
fruto de uma negociação, ela poderia, em sua opinião, recusar-se a liberar os
dados? Como já falei, naquele 10 de maio, eu expedi um ofício cobrando um
posicionamento da instituição e ela não tomou nenhuma providência, não me
respondeu nada. Isso é que me causa estranheza. É uma questão política? É
porque eu fui candidato a reitor, duas vezes, contra esse grupo que está ai? Eu
não sei. Eu queria ter uma resposta. “Professor Gilson, nós não temos nenhuma
informação”, poderiam ter respondido. O ruim é não ter o retorno. O Instituto
de Ciências Humanas e Letras (ICHL) também cobrou posicionamento da
Universidade no dia 01 de outubro de 2010, solicitando resposta a respeito do
caso. A Administração Superior nunca se dignou a responder nenhum dos ofícios emitidos
por mim ou pelo Instituto. O senhor
recorda das circunstâncias em que se deu esse episódio? Sobre o que o senhor
estava falando exatamente naquele dia? A gente comentava a questão da
retirada do nome do atual governador da CPI [da Pedofilia] e eu passei a falar
sobre um capítulo da minha tese que trata sobre o atrelamento dos meios de
comunicação ao poder do Estado. Mas os jornais fizeram um “auê” danado, dizendo
que eu estava acusando todos de estarem vendidos. Aliás, eu não preciso afirmar
nada disso: basta acompanhar a cobertura de então e de agora, sobre o caso.
Agora, na imprensa local, saíram manchetes mentirosas dizendo que o professor
Gilson tinha recebido R$ 15 mil do irmão do governador. Isso é uma grande
mentira! É muito estranho que os profissionais de imprensa não façam nenhum
tipo de verificação, apuração das matérias e, ao contrário, publiquem release
encaminhado pela Assessoria de Imprensa do MPF/AM e ainda com uma manchete
dessas! Também foi uma violência da imprensa contra mim, que sou professor de jornalismo,
e contra a sociedade.”
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