Acompanhei eufórico, no
meu celular, as postagens no Twitter, no Blog e no Facebook, sobre do III
Seminário do PPGCCOM. Em Manaus, o Programa de Pós-graduação em Ciências da
Comunicação (PPGCCOM) da Universidade Federal do Amazonas (Ufam), em parceria
com a Universidade Federal de Roraima (UFRR), no auditório da Academia
Amazonense de Letras, promovia a palestra “Comunicação Ubíqua e Sociedade Móvel”,
com o professor português Antonio Fidalgo, da Universidade da Beira do
Interior. Ele é fundador, em Portugal, da Biblioteca On-Line de Ciências da
Comunicação (BOCC) e diretor do Jornal On-Line Urbi et Orbi, além de dirigir o
Laboratório de Comunicação On-Line (Labcom). Por telefone, Fidalgo foi informado,
após a palestra, que a BOCC e o Labcom serviram de inspiração para o Centro de
Mídias Digitais (Cemidi) e o Programa de Mídias Digitais (Promidi) da
Universidade Federal do Amazonas (Ufam). Lamentei não ter participado no debate
em Manaus. Ainda estou em Porto Alegre, a convite da Pró-reitora de Extensão da
Universidade Federal do Rio Grande do Sul (Ufrgs), Sandra de Deus. Participei da
Mesa-Redonda “Fronteiras da Cultura”, ocorrida no dia 9, às 9h, na sala 02 do
Salão de Atos da Reitoria daquela instituição. Abordei o tema “A cultura hacker
e as possibilidades da Extensão nas Mídias Digitais”. Minha euforia ao
acompanhar a fala de Fidalgo era porque falávamos de coisas tão similares, em
lugares diferentes. Ainda que ele não mencionasse o termo, tanto ele quanto eu,
falávamos dos Ecossistemas Comunicacionais, área de concentração do PPGCCOM. Ele
realçava a “ubiqüidade e a mobilidade” do celular. Eu, em Porto Alegre, falava
exatamente que o celular, cujo nome talvez nem permaneça mais esse, será a
multiplataforma para onde convergirão todas as Mídias, que optei por denominar Mídias
Digitais. Afirmei isso na Mesa-Redonda, um dia antes, convicto do que tinha
previsto em 2002 na minha tese “Por um clique: o desafio das empresas
jornalísticas tradicionais no mercado da informação – Um estudo sobre o
posicionamento das empresas jornalísticas e a prática do jornalismo em redes,
em Manaus. 2002. 309p. Tese (Doutorado em Ciências da Comunicação): Escola de
Comunicações e Artes, Universidade de São Paulo, 2003”, defendida em março de
2003. O que previ em 2002 ainda não se transformou em realidade. Mas os dados
da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) confirmam a tendência e
indicam que, em breve, minha fala será corroborada. Em setembro de 2011, no País,
nos 47,56 milhões de lares; há 95,7% de aparelhos de Televisão; 91,6% de Rádio
e 61,2% de Telefones Celulares. Já existem 228 milhões de aparelhos no Brasil, um
mercado que cresce a uma taxa média de 12% ao ano. Não demora mais que um ano e
os Celulares assumem o primeiro lugar dessa classificação. E por que não usar
essa plataforma multimídia para as ações de Educação? Para as ações de Extensão
das universidades? Essa foi uma das provocações que fiz. Baseadas nos meus
estudos e pesquisas e na convergência de ideias que temos, desde a época do
Doutorado na Usp, ao estudar o Labcom e Publicar na BOCC. Estou certo que os
Ecossistemas Comunicacionais ainda precisam ser profundamente estudados. Tenho
a alma lavada por sermos, no Amazonas, pioneiros em propor um Programa de
Pós-graduação que tenha como foco o que o mundo se volta para estudar no campo
da Comunicação. Bons frutos para nós!
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