O que ocorre na
Universidade Federal do Rondônia (Unir) é uma das maiores vergonhas para a
sociedade civil brasileira e para os movimentos organizados que lutaram durante
anos contra a arbitrariedade nos anos de chumbo da ditadura militar. De posse
de um dossiê de 1.500 páginas, com denúncias das mais variadas contra o reitor
Januário Amaral, os grevistas daquela universidade foram ao Ministério da
Educação e à Casa Civil da Presidência da República. Um dos assessores da Casa
foi taxativo: a administração atual tem as bênçãos de uma liderança nacional da
executiva do PMDB, portanto, nada seria feito. Ora, não precisa ter nem
inteligência mediana para saber que o político rondoniense da executiva
nacional do PMDB é o próprio presidente da legenda, senador Waldir Raupp. E
saber que a interferência de um político na autonomia da universidade é
admitida nos bastidores de Brasília torna mais vergonhosa ainda a atuação da
Polícia Federal, que chegou até a prender um professor que observava a desastrosa
invasão da sede da Instituição no centro de Porto Velho. Quando dizem que
Rondônia é uma “terra de ninguém” há quem proteste. O fatos relacionados a Unir,
porém, dão razão a todos os críticos. Não se pode, porém, creditar todos os
problemas a Rondônia. A situação pela qual passa a Unir é resultado de uma
política pública de troca de favores do Governo Federal que não morreu com o
mensalão. E envolve até as administrações superiores das universidades. Lutamos
anos e anos para nos libertar desse jugo da mão do Estado e vem justamente um
Governo de esquerda para nos impingir tais absurdos. Verdadeiramente
lastimável!
Visite também o Blog Gilson Monteiro Em Toques e
o novo Blog do Gilson
Monteiro. Ou encontre-me no www.linkedin.com e
no www.facebook.com/GilsonMonteiro.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Participe! Comente! Seu comentário é fundamental para fazermos um Blog participativo e que reflita o pensamento crítico, autônomo livre da Universidade Federal do Amazonas.