Os resultados das seleções dos Programas de
Pós-graduação da Universidade Federal do Amazonas (Ufam), que começam a ser
divulgados parcialmente são alarmantes e não devem ficar meramente no assombro
inicial e no estarrecimento dos examinadores pela má-qualidade dos projetos e
das provas de conhecimento específico. Não vou revelar nomes nem programas, por
uma questão de ética e respeito ao trabalho realizado pelas bancas
examinadoras, porém, os percentuais variam de 50% a 84% de reprovação já na
primeira fase dos processos de seleção. Esses números indicam que a mesma
universidade que aprova nos cursos de graduação, reprova em massa o ingresso
dos seus egressos nos cursos de Pós-graduação. Logo, é urgente que seja feita
uma avaliação profunda dos projetos pedagógicos e do processo de aprendizagem.
A forma tradicional como se ministra aulas e se avaliação nos cursos de
graduação é completamente falida e precisa ser revista. Quem terá coragem de
“pegar esse touro pelos chifres”, domá-los e propor uma mudança pedagógica
radical? Reclamar da qualidade dos estudantes, reprová-los e não fazer nada
para que o processo mude por dentro é agir como Pilatos, ou seja, lavar as
mãos. Como está, pode-se dizer que “a mão que aprova é a mesma que reprova”.
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