A declaração de apoio do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (FHC)
à forma como a presidente Dilma Rousseff “trata” os grevistas parece confirma a
tese que tenho defendido há tempos: a política de estado mínimo na Educação foi
implantada no Governo FHC e refinada no Governo Lula. Agora, com a ameaça de
corte de ponto e o autoritarismo com que
tenta, de todas as formas, não só acabar com a greve, mas, desmanchar o Sindicato
Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (Andes-SN), o Governo
Dilma não só dá provas de que reza mais pela cartilha de PSDB do que do PT, mas
também, demonstra que não sabe lidar com o aparato da democracia sindical.
Querer empurrar goela abaixo de uma categoria um acordo forjado com uma “Federação
Fantasma” chamada Federação de Sindicatos de Professores de Instituições
Federais de Ensino Superior (Proifes-Federação) ao invés de acabar com a greve,
acirra mais ainda os ânimos e provoca revolta da categoria. Foi por esse tipo
de “movimentação” que Dilma recebeu apoio incondicional de FHC. Só falta mesmo
ela tomar a decisão de, ao invés de sair do campo da ameaça, efetivamente
cortar o ponto dos professores em greve. Terá, porém, de enfrentar a rebelião
de alguns reitores e reitoras que não são ligados diretamente ao Partido dos
Trabalhadores (PT). Dentre elas, a reitora da Universidade Federal do Amazonas
(Ufam), Márcia Perales Mendes e Silva. Em reunião com representantes do Comando
Local de Greve (CLG), sexta-feira, dia 17, a reitora da Ufam garantiu que não cortará
o ponto de nenhum servidor em greve e acará com as consequências do ato,
quaisquer que as sejam. Os reitores e reitoras foram ameaçados de sanções
administrativas por parte da Controladoria Geral da União. No fundo trata-se de
mais uma forma de pressionar de todas as formas para decretar o fim da greve na
marra. Dilma corre o risco de terminar o ano tendo em FHC seu único admirador.
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