Há um discurso mal-intencionado nas afirmações quando se discute a
greve dos professores e professoras das universidades públicas brasileiras.
Principalmente os que são plantados diretamente do Palácio do Planalto nas
grandes empresas da mídia brasileira. Discursos do Governo a desqualificar o
movimento dos professores e professoras, porém, são esperados. Dentro da
própria categoria, porém, falas desse tipo assumem o caráter de traição do
individual em relação ao coletivo. Há sete anos não fazíamos uma greve. Entre
os pares, no entanto, há quem generalize a fala de quem “estamos sempre em
greve”. E isso sai dos muros, invade as famílias e ficamos com a pecha de que “a
universidade federal só vive em greve”. A greve atual é história não porque
amanhã completa 100 dias. É pela força do movimento e por ter impregnado o conceito
de carreira. Pela primeira vez, professores e professoras compreenderam que o
modelo de remuneração define a política educacional do País. Durante anos, uma nuvem
encobriu nossa visão e imaginamos que o Governo do Partido dos Trabalhadores
(PT) era diferente do governo do Partido da Social Democracia Brasileira
(PSDB). A greve atual desmistificou essa crença. O modelo neoliberal de “estado
mínimo na educação” está posto. E é a essência da proposta forjada pelo Governo
em conluio com a “Federação-Fantasma”. Essa, talvez, seja a razão pela qual o
Governo tenta empurrar na marra essa “nova carreira”. Desse jogo brotam os
discursos mal-intencionados que tentam nos desmoralizar. Não estamos em greve
apenas por reposição ou aumento salarial. Queremos condições de trabalho,
respeito e dignidade. E isso nenhuma campanha irá conseguir nos tirar se nos
mantivermos fortes e mobilizados.
Se você ainda não leu a “Carta aberta ao secretário Sérgio Mendonça”, cliquei
aqui, leia e replique. Todos precisamos refletir sobre o problema. Juntos!
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Concordo plenamente com as indagações acima. Parabéns Professor!
ResponderExcluirEstarei compartilhando suas ideias com minha rede de amigos, fazendo as devidas referências autorais (claro).
Este é o link da postagem: http://pequenaantropologa.blogspot.com.br/2012/08/em-resposta-ao-texto-reflexao-sobre.html