O Senado Federal aprovou, terça-feira, em votação simbólica, matéria
relatada pela senadora Ana Rita (PT-ES), que institui a política de quotas que
destina 50% das vagas nas universidades federais brasileiras aos estudantes
negros, pardos e indígenas e que tenha cursado todo o segundo grau em escolas
públicas. A matéria já foi aprovada na Câmara dos Deputados e agora segue para
a sanção da presidente Dilma Rousseff. A reserva de 50% será dividida da
seguinte forma: 25% será destinada aos estudantes negros, pardos ou indígenas
de acordo com a proporção dessas populações medida pelo Instituto Brasileiro de
Geografia e Estatística (IBGE). Os outros 25% serão destinados aos estudantes
que cursaram todo o Ensino Médio, antigo segundo grau, em escolas particulares
e cujas famílias tenham renda per capita que não ultrapasse um salário mínimo e
meio. A Lei aprovada no Senado é uma combinação das políticas de cotas sociais
e raciais existentes em algumas universidades federais brasileiras. Essa
uniformização tem um lado bom: enfim, a universidade pública brasileira
cumprirá o papel social a ela destinado, porém, pouco cumprido. Não é nem
necessário se fazer uma pesquisa criteriosa e científica para se descobrir que
os estudantes dos filhos das classes C, D e E, se quiserem, são obrigados a
pagar mensalidades, na maioria das vezes caríssimas, em universidades, centros
universitários e faculdades particulares. Filhos das classes média e alta eram
os mais beneficiados com o ensino não pago diretamente, uma vez que a
universidade é pública, não paga, porém, não gratuita. Com a medida, o Senado
termina por forçar as universidades federais a cumprir o papel social de dar
oportunidade às classes menos favorecidas de ter acesso ao ensino superior
administrado pelo Estado. Merece loas a medida.
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