Talvez tenha sido ingenuidade de nossa parte imaginarmos que o Governo
Federal, ao convocar o Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de
Ensino Superior (ANDES-SN), nosso único e legítimo representante sindical,
tinha a intenção de negociar com a categoria. Ao que tudo indica, desde o
primeiro encontro, o que havia era uma trama bem-urdida com um único objetivo:
desmoralizar o ANDES-SN e ungir uma Federação-Fantasma que atende pelo nome de Proifes-Federação.
A saída unilateral da mesa de negociações do Governo, em conluio com a
Federação-Fantasma, só confirma a suspeita de que, em nenhum momento, havia
predisposição para negociar. O que o Governo quis, e fez, foi impor o conceito
de carreira gestado por ele, tendo a consultoria da própria Proifes. Da mesma
forma intransigente que impôs um conceito de carreira baseado no produtivismo e
na medição por meio de “artigos publicados em revistas Qualis A”, o Governo
Federal usa a mídia chapa-branca com a qual se aliou, cujos representantes
maiores são a Revista Veja e todos os produtos das Organizações Globo, para “acabar”
com a greve dos professores e professoras das universidades federais “na marra”.
Para todos os efeitos, e para a mídia vendida, os professores das universidades
federais aceitaram o “acordo” proposto pelo Governo. Ignoram, por exemplo, que
54 das 59 universidades brasileiras estão há mais de 100 dias em greve.
Isolaram e tentam anular, de todas as formas, o ANDES-SN, legítimo
representante da categoria dos professores. Esperam, com isso, tirar nosso
sangue, nossa força para resistir. Criaram uma data-mágica, o dia 31 de agosto,
como o limite para as greves terminarem. Por fim, tentam impor aos demais
servidores uma proposta indecorosa de 15,8% de aumento em três anos. Alguns
desavisados aceitaram. Outras categorias resolveram ficar até sem reajuste,
mas, não se dobram à proposta indecorosa do Governo. Resistir a essa imposição
e ao autoritarismo e à prepotência desse Governo é nosso dever. E só se
consegue isso em greve. Não é digno nos dobrarmos às pressões agora. Resistamos
juntos!
Se você ainda não leu a “Carta aberta ao secretário Sérgio Mendonça”, cliquei
aqui, leia e replique. Todos precisamos refletir sobre o problema. Juntos!
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