Há, no meu entendimento, duas possibilidades de se analisar o
movimento unilateral do Governo Federal em querer encerrar a greve dos
professores e professoras “na marra”: ou os “negociadores” do Governo são
inexperientes e estão completamente perdidos no processo ou acomodaram-se com a
popularidade do Governo Dilma e resolveram demonstrar extremas presunção e
prepotência. Porque não é possível que eles (os negociadores) acreditassem que
as 54 seções sindicais filiadas ao Sindicato Nacional dos Docentes das
Instituições de Ensino Superior (Andes-SN) aceitariam um “acordo” forjado entre
o próprio Governo e a Federação de Sindicatos de Professores de Instituições
Federais de Ensino Superior (Proifes-Federação). O resultado foi acirrar os
ânimos dos professores e professores, já revoltados com o descaso do Governo,
que votaram pela continuidade da greve. Tentar por fim a uma greve tão densa
como a que está em curso pelo uso da força não parece ser a melhor estratégia
do “governo dos trabalhadores”. Até militantes do Partido dos Trabalhadores
(PT) não entendem a forma como se tem tratado o assunto. A continuar essa postura
de prepotência, é bem possível que a greve seja muito mais longa do que o
próprio movimento poderia imaginar. Negociação só existe se não houver imposição.
Se não for falta de inteligência querer impor a vontade de apenas 5% da
categoria aos demais 95% só pode ser a mais pura presunção.
Se você ainda não leu a “Carta aberta ao secretário Sérgio Mendonça”, cliquei
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