As universidades brasileiras padecem de uma doença que pode se
tornar grave à medida que aumenta a complexidade em administrá-las: a falta de
formação dos professores e professoras para o exercício da gestão acadêmica e
administrativa. Muito antes da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional
(LDBEN) a comunidade universitária já havia optado pelo princípio da gestão
democrática. A LDBEN apenas reforçou esta opção. Acontece, porém, que gestão
democrática parece ter se confundido com eleição. Com o isso, o conhecimento
técnico, a habilidade de administrar, foi substituída pela capacidade de fazer
articulações políticas com o intuito de vencer as disputas internas. E o ato de
administrar foi posto em segundo plano. Ora, como não se percebe nenhuma
tendência de se rediscutir o processo de escolha dos gestores, há que se tomar
uma medida crucial para a saúde administrativa das universidades brasileiras: um
processo permanente de formação de gestores para que professores e professoras,
quando vierem a assumir cargos administrativos, estejam minimamente
habilitados. Sem isso, teremos sempre descontinuidade e solavancos
administrativos que prejudicam, e muito, as próprias universidades.
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OBS: Post do dia 22/12/2014
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