"Manifiestos:
incômodos, desobedientes, mutantes", organizado por Jesús Maríin
Barbero e Ómar Rincón também pode ser visto como uma bandeira para se enfrentar
o hermetismo do texto científico. É chegado o momento de os cientistas se
manifestarem claramente de qual lado estarão, dos que defendem o texto
científico similar a uma manual de eletrodoméstico, fadado a ter um número
limitado de leitores que o entendem, ou se vão escrever preocupados em ser mais
generosos com os leitores, como defende Maria Luíza Cardinale Baptista na sua
tese da "paixão-pesquisa" e Rubem Alves, instigando que é possível
estudar e pesquisar com prazer. Inclusive o prazer de ofertar aos leitores
"notas de canapés" e não "notas de rodapés". Ou partimos
para um outro jeito de fazer ciência ou a ciência está fadada ao que chamam
"de lugar da ciência": a universidade, que Alves chama de "País
dos Saberes". "...Eu me vi escrevendo um livro para os habitantes do
"País dos Saberes". No "País dos saberes há regras precisas que
regulam a fala e a escrita. Regras claras, rigorosamente definidas. Quem
tropeça é expulso. Para se entrar no "País dos saberes" há de se
passar por rituais de exame de linguagem. Tais rituais têm o nome de
"defesa de tese". "Quando o eu cartesiano chama as ideias e elas
obedecem, a isso se dá o nome de memória. Quando é uma ideia que chama as
outras, a isso a psicanálise dá o nome de livre associação..." Ou
enfrentamos os "Guardiões dos Saberes" ou não saberemos o gosto de
fazer ciência com prazer.
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