Há pouco parei para observar minha filha e minha sobrinha. As duas, hipoteticamente assistem uma filme. Cada uma em um sofá. O filme é menos importa. É apenas um motivo para as duas disfarçarem o objetivo original: não desgrudarem do dispositivo que possuem. Fosse só elas dar-se-ia um jeito. Eu, meu irmão e minha cunhada estamos em frente de casa a degustar um vinho por conta das festas de final de ano. Nenhum de nós larga seu dispositivo móvel. Cada um, a seu modo, no seu mundo. Uma certeza:estamos todos doentes. Viciados. Completamente dependentes. Temos necessidade de saber sobre o outro. O que fazem? O que pensam? O que dizem? Aparentemente, parece vício saudável. Mas não o é. Porque outro, em si, pouco importa. Nossa doença, quase uma tara, é nos expormos. Nada parece mais ser privado. A vida, ao que tudo indica, só existe se estiver registrada no Facebook, Twitter, Instagram e quietais. Estamos doentes. Precisamos, urgentemente, de um processo de Educação para as Mídias Digitais. Antes que seja tarde demais para a própria humanidade!
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