Decididamente,
não nascemos para ser cientistas: queremos respostas para tudo. Esquecemos que
o mundo avança, e a ciência também, a partir das melhores perguntas. Acontece
que somos criados para as certezas e não para enfrentar as incertezas. Um ponto
final significa, pelo menos do ponto de vista da escrita, uma certeza, uma
resposta com tudo, digamos, acabado. O que mais desejamos para a nossa vida:
certezas. Um ponto de interrogação, por seu turno, é a marca da incerteza, de
uma possibilidade. De algo que pode ser certo ou não. A incerteza não nos atrai
nem um pouco. Queremos, de preferência, respostas com uma espécie de
"Manual de procedimentos". Assim o é na ciência. Nossos estudantes
preferem modelos pré-moldados, pré-fabricados. Aliás, nem sei se só os nossos
estudantes. Há professores que também optam por estes caminhos: os dos TCCs,
Dissertações e Teses pré-fabricadas. Desconfio sempre de um trabalho científico
pré-moldado. Baseado em modelos de qualidade pré-concebidos pelas iluminadas
cabeças dos nossos doutores. Reafirmo: modelos são retratos imperfeitos da
realidade baseados no passado. Se são baseados no passado, não servem para
prever o futuro. O futuro, para nós, só pode ser livre se puder se reescrito.
Este é o nosso maior desafio.
Visite
também o Blog Gilson Monteiro Em Toques
e o novo Blog do Gilson Monteiro. Ou
encontre-me no www.linkedin.com e no www.facebook.com/GilsonMonteiro.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Participe! Comente! Seu comentário é fundamental para fazermos um Blog participativo e que reflita o pensamento crítico, autônomo livre da Universidade Federal do Amazonas.