Fico
a me perguntar se não chegou a hora de a universidade brasileira resolver um
eterno dilema: ela existe para formar para o mercado ou para a vida? Ainda que
a resposta seja para o mercado, acredito sobrar outro dilema: é para o mercado
da ciência ou para o mercado das profissões? Não me parece possível fazer as
duas coisas ao mesmo tempo. E isso fica evidente quando se tem de responder,
exatamente, as duas perguntas aqui levantadas. Uma universidade cujo foco seja
a formação para o mercado da ciência é aquela que forma pesquisadores,
iniciados na ciência desde os primeiros anos. É uma instituição que busca,
nitidamente, encontrar talentos para a pesquisa e para o desenvolvimento
científico e tecnológico do País. Na outra ponta, ficam as que forma para o
mercado das profissões, ou seja, formam profissionais para o exercício da
profissão. E formar para o exercício da profissão não requer que o
profissional, necessariamente, seja pesquisador, seja cientista. A instituição pública
que não resolver este dilema terá sempre prejudicadas quaisquer tentativas de
fazer planejamento estratégico, algo típico de empresas privadas. E, ainda que
não faça planejamento estratégico, terá de resolver o dilema se quiser voltar o
olhar para o futuro.
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OBS:
Post do dia 14/12/2014
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