segunda-feira, 29 de dezembro de 2014

Educados para consumir

Ao vivenciar as festas do final de ano me vem uma certeza: somos, a cada dia, educados para consumir. E um consumo desenfreado de bens, de informações, inclusive, de relações. Pasmem, leitores e leitoras, de relações, sim. Ao que parece, no capitalismo moderno, não é mais bem-sucedido só quem possui o vil metal, mas, quem, digamos, tem uma carteira recheada de conquistas. Já não sei mais se se trata de uma visão machista travestida de consumista ou se é um consumismo a encobrir o machismo. O certo é que precisamos, urgentemente, do Ensino Básico ao Superior, começarmos a tratar o tema com mais acuidade. Não se pode mais formar pessoas apenas para o “ter”. Há que se focar na essência, no ser, na vida, na felicidade, que não pode se reduzir a comprar, comprar e comprar. Talvez, como no caso das Mídias Digitais, precisemos, todos, ser desintoxicados da doença do consumir. Para que isso aconteça, uma das saídas e termos a economia doméstica como parte do processo educacional desde as séries iniciais. A visão da sustentabilidade não combina com o consumismo desenfreado. Portanto, é algo para se pensar com muita seriedade se quisermos um mundo melhor para nós e nossos filhos.


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